De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS, 2012), a dependência química é a terceira doença que mais mata no mundo.
O problema é cada vez mais frequente e tem se tornado questão de saúde pública no Estado. Uma dúvida recorrente quando se fala em Dependência Química é: como tratar?
Existem hoje diversas modalidades de apoio e tratamento de Dependentes químicos, CAPS, comunidades terapêuticas, clínicas especializadas, grupos de apoio (AA, NA, etc.), tratamento medicamentoso e psicoterápico.
Na maioria dos casos é a unificação destas modalidades que levam a um bom resultado. A Dependência Química é classificada como uma doença biopsicossocial espiritual, portanto, é o entendimento de cada indivíduo separadamente que irá definir quais são as melhores opções de tratamento.
O usuário tem uma visão fragmentada do efeito da droga. Ora focaliza os efeitos positivos do uso, ora os negativos. No momento do uso, o foco está nos efeitos positivos. Algumas vezes, as expectativas positivas se manifestam como sensações ou imagens positivas. A Terapia Cognitivo-Comportamental tem como objetivo, no tratamento com dependentes químicos, identificar as crenças desenvolvidas pelo sujeito à respeito do uso de drogas. É através de técnicas como identificação do estágio motivacional, avaliação de situações de risco, manejo de fissura, treinamento de habilidades, identificação da recaída entre outras, é que os pacientes são tradados em consultório.
Para entender um pouco melhor sobre o tratamento psicoterápico da dependência química, envie suas dúvidas pelo site ou marque uma consulta através do link “Contato”.
A família:
O impacto que a família sofre com o uso de drogas por um de seus membros é correspondente às reações que vão ocorrendo com o sujeito que a utiliza. Este impacto pode ser descrito através de quatro estágios pelos quais a família progressivamente passa:
Na primeira etapa, é preponderantemente o mecanismo de negação. Ocorre tensão e desentendimento e as pessoas deixam de falar sobre o que realmente pensam e sentem.
Em um segundo momento, a família demonstra muita preocupação com essa questão, tentando controlar o uso da droga, bem como as suas consequências físicas e emocionais, no campo do trabalho e no convívio social. Mentiras e cumplicidades relativas ao uso abusivo de álcool e drogas instauram um clima de segredo familiar. A regra é não falar do assunto, mantendo a ilusão de que as drogas e álcool não estão causando problemas na família.
Na terceira fase, a desorganização da família é enorme. Seus membros assumem papéis rígidos e previsíveis, servindo de facilitadores. As famílias assumem responsabilidades de atos que não são seus, e assim, o dependente químico perde a oportunidade de perceber as consequências do abuso de álcool e drogas. É comum ocorrer uma inversão de papéis e funções, como por exemplo, a esposa que passa a assumir todas as responsabilidades de casa em decorrência do alcoolismo do marido, ou a filha mais velha que passa a cuidar dos irmãos em consequência do uso de drogas da mãe.
O quarto estágio é caracterizado pela exaustão emocional, podendo surgir graves distúrbios de comportamento e de saúde em todos os membros. A situação fica insustentável, levando ao afastamento entre os membros gerando desestruturação familiar.
Embora tais estágios definam um padrão da evolução do impacto das substâncias, não se pode afirmar que em todas as famílias o processo será o mesmo, mas indubitavelmente existe uma tendência dos familiares de se sentirem culpados e envergonhados por estar nesta situação. Muitas vezes, devido a estes sentimentos, a família demora muito tempo para admitir o problema e procurar ajuda externa e profissional, o que corrobora para agravar o desfecho do caso.
Além dos grupos de apoio oferecidos pelas clínicas e comunidades terapêuticas, e grupos como Amor Exigente, Al-anon, Nar-anon, etc., a família pode buscar ajuda também através da psicoterapia.
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